domingo, 12 de junho de 2011

Te falarei

Não quero falar das tristezas,
Pois sei que se comoves com facilidade.
Tão pouco te lembrarei que existem momentos ruins,
pois estes devem ser esquecidos.

Não te falarei das flores,
Tão pouco da chuva que ontém molhou teu corpo.
Nem de que o futuro
Pode estar repleto de alternativas.
Também deixarei de lado as trivialidades,
Já que elas fazem parte dos momentos simplistas.

Mas me prenderei em dizer que te amo.
Que o teu perfume impregna meu corpo.
Também te direi que tua voz,
Mesmo enfurecida, me trás alegria.

Te falarei que ao exacerbar meu comportamento,
Alimentas minha alma,
Fazendo-a mais altiva
E ávida por se deparar com o desconhecido.

Direi a ti que o filme de amor,
Me fez recordar da nossa intimidade,
Que a musica me trouxe a lembrança do beijo demorado.

Sempre te direi que é mágica a tua presença.
Que as discussões acaloradas antecedem a alegria
E que nada me afastará de ti.

Constantemente ouviras,
Que te ter a meu lado é importante
E me torna diferente,
Pois sei que és especial.

Nunca deixarei de falar que me traz inspiração
E que no cair da noite.
No momento em que o sol se põe
É a hora exata em que lembro que
O criador te fez
E a entregou
Pra mim.

Olhos nos olhos

Te encaro nos olhos
Mas não vejo tua verdadeira face.
Os fito durante horas.
Vagueando pela extensão do teu rosto
Mas ainda sim, te escondes de mim.
Ando a teu lado
dialogo em verso e prosa,
Não somente sobre as desventuras que a vida apronta,
mas também das graças que a nós, cotidianamente, são apresentadas.

Te encaro nos olhos
Contudo, eles explicitam o quanto és séria
Desconfiada,
E nada mais.

Te encaro nos olhos
Pensando que estes sejam verdadeiramente
O espelho da tua alma.
O ponto de transfiguração do teu eu.

Te encaro nos olhos
E só encontro o que mostras para o mundo
Pois, tua essência só vem a tona
Na solidão segura de teu quarto.

Te encaro nos olhos
Não mais em busca do
Indecifrável ou do translúcido,
Pois já entendi a tua mensagem para o mundo.
E agora os encaro
Mas só porque são belos...

Singularidade

Que boca é essa?
Que exotismo é esse?
Que personalidade é essa?
Que beleza é essa?

Perguntas
Dominam a mente
Repostas
Não são convincentes

Que boca é essa?
Que só de vê-la
Da vontade de beijar

Que exotismo é esse?
Que demonstra
As características
Da mistura de etnias
As quais
com suas especificidades
Uniram-se no teu corpo
E moldaram o que é único
Singular

Que personalidade é essa?
Que demonstra independência
Força
Disposição ao enfrentar desafios
E que ao mesmo tempo se contrapõe
Com a graça, a sutileza e a lisonja
Que só as mulheres
Altivas possuem

Que beleza é essa?
Que encanta
Deixando de boca aberta
Quem lhe ver passar

Ai me pergunto
Que mulher é essa?
Será que algum homem
Ousaria deixar?

Amar

Amar é
Nos vermos enquanto egoístas,
Pois a todo instante cobramos exclusividade.
Amar causa dependência,
Já que o nosso mundo gira em torno da amada.


Amar é querer estar do lado,
É apoiar sem pedir nada em troca
É se entregar desvairadamente
Não dando trela as convenções.

_Mas que porra de sentimento!
Muda nossas ações,
Pensamentos
Vestes
Não escapa nem o tom da voz.

Amar é querer
Pensar
Ousar
Sonhar
E lutar.

Amar é nos tornarmos
Sonhadores
Bobos
Atrapalhados.

Amar é
Não saber mais o que é certo ou errado,
É desejo
Suor
Carinho
E milhões de beijos trocados...

Amar é sonhar acordado
É estar com o pensamento na lua
Quando o resto do mundo
Se preocupa com o horário de chegada no trabalho.

Razões

Carregamos nossas emoções
Buscamos nossas razoes
Calcamos a existência em algumas pseudos verdades
as quais, são tão solidas
quanto a cobertura de chantili.

Nutrimos nossos sentimento
Damos murros,
Pixamos muros
E as vezes choramos nossos lamentos.

Mas as razões te movem
Elevam tua vida
Ou te lançam sem piedade a sarjeta.
Motivam a brutalidade
A aspereza
Assim como podem
Tornar-te o arauto da amabilidade.

As razões nos movem
Nos tornam únicos.
Nesse universo hora Plural.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Eu

Amo a companhia das pessoas
Que entendem a singeleza do criador.
E não se sentem confortáveis
Diante das injustiças.

Adoro o sopro do vento forte
Que surge do Amazonas
E refresca os lugares por onde passa.
Admiro a singeleza do olhar amazônida,
E a amabilidade do ethos caboclo.

Sou um homem que dança ao som das caixas
Que um dia entoaram
As canções que aliviavam as dores
Da alma dos meus ancestrais.

Gosto de ser o que sou.
Um ser inquieto,
Hora Incompreendido.
Que busca viver o seu tempo
Sem esquecer-se de deixar seu legado
Aos que chegarem depois.

Florescendo na aridez

Sem bandeira,
Riqueza ou educação.
Rústico homem
Que traça seu rumo
Somente com o vigor de seus músculos.

Flor que nasce por entre os arbustos
Espinhosos da caatinga.
Flor que brota
No mais inóspito dos lugares.
Flor poderosa.
Somente ela foi capaz de rouba a atenção do mais bronco dos homens.
Trouxe de volta o que a muito tempo estava escondido.
Acordou o menino alegre e arteiro
que a anos adormecera.

Flor rara,
A mesma que encantou o outrora menino,
hoje se personifica na imagem de uma mulher.
E o coração deste embrutecido homem
Convenciona-se a chamá-la de amada.

Faz frio

Baixa temperatura
Que afasta ao invés de aproximar
Nos freia quando poderia
Libertar.

O termômetro quebrado
Amor congelado
Que segrega os corpos
Aos espaços delimitados
De um colchão
Que outrora fora manchado
Com os fluidos expelidos
No clímax do ato de amar.

Ar gelado
Paire sossegado.
Não se dissipe,
Tão pouco mude de estado.
Já que a solidão só ocupa o coração
Daqueles que vêem a vida
Através das janelas do quarto dos derrotados.

Ainda temos 16

Ainda temos 16,
Gostamos de anime,
Dos tennis coloridos
E de toda vida refletida
Numa tela em 3D.

Nossas mãos transpiram
Sem para.
Nossos corações aceleram
Tal qual os consoles do “Play”.

Somos homens de 16 anos,
Arquétipos do nosso tempo.
Nos emocionamos com os acordes “Emos”.
Dispensamos parte dos nossos dias
Nos dividindo entre o espelho
E a tela 15” do PC.

Ainda temos 16
E este é o século X XI.
Que de tão veloz
Não nos permite que gastemos tempo com “revaivols”.

Ausência

A fogueira Que ardia vorazmente Provocava calor, que de tão intenso, Lembravam as fornalhas Usadas para transformar em liquido Os mais resis...