A fogueira
Que ardia vorazmente
Provocava calor, que de tão intenso,
Lembravam as fornalhas
Usadas para transformar em liquido
Os mais resistentes metais.
Fiquei inerte
Não me importava com o vai e vem
Dos carros.
Da pressa das pessoas
Ou com o mau cheiro do mendigo
Que sorria pra solidão
Da calçada sofrida.
Contemplei o tempo.
Rememorei o perfume do amor.
Um misto de feromônio
Com o adocicado das flores
Que desabrocham
Na primavera.
A fogueira ardia
E mesmo com tanto calor no ar,
meu coração insistia em sentir frio.
Já que o inverno da ausência
Chegara mais cedo.
Os cobertores tecidos
Artesanalmente com as nossas boas lembranças,
Mostraram se ineficazes, ante o frio
Da tua ausência!
A fogueira ardia
E dentro de mim
Aumentava a dor
Da perda.
Já que os anjos
Levaram-na pra longe de mim.
Pra terra onde os deuses
Deliciam-se com as canções
Entoadas por suas ninfas.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
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