Sinta a dor
Alimente-se dela
Deixe-a dominar-te até
O limite do insuportável.
Sinta a dor
E se entregue a mim
Como se eu fosse o seu senhor.
Perca a noção das horas,
Dos dogmas e de pertencimento.
Sinta a dor
Flagele-se diante do espelho
Enquanto observo atentamente os teus gestos.
Brinque com o que
Os ditos decentes
Temem admitir.
Sinta o que advém da dor.
Entre em êxtase
Com esse prazer intenso,
Que a séculos é dito como sujo, torpe...
Saboreie-o como um bom vinho.
Deixe se corromper
Afinal, és simplesmente
O que queres ser.
Sinta a dor
E divida as nuances deste sentimento.
Exercite sua cumplicidade.
Estenda as mãos
A mim,
Mostre sua devoção.
Sinta as dores do amor
Não convencional,
Da paixão execrada pelos folhetins.
Do amor vivido
Nos porões existenciais.
Sinta a dor.
E que a marca do seu suplicio
Seja o teu troféu.
Se entregue,
Já que és assim
E nem imaginavas.
Sinta a dor...
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