Deixas teu rastro no ar
Para que o sopro da brisa
Se ponha a leva-lo
Pelos quatro cantos
Do mundo, pois assim, os sentidos dos pobres
Desvalidos ou
Os dos reles moribundos,
Sintam o que
Nenhuma prisão
Pode encarcerar.
Por onde andas
Bela dona?
Onde estas
A calcar teus pés macios?
Que terras tem o prazer
Tão nobre
De sentir o toque
Leve e suave
De teus calcanhares?
Que elementos compõem o cotidiano de
Tão exuberante fêmea?
Ou o que a leva a caminhar
Pelas planícies,
Nas noites quentes
De verão?
_Isso pouco importa, pois
Deixas teu rastro doce no ar
E sem uso de nanquim
Grifas em cada homem
Que cruza teu caminho
A marca
Da bela dona
Que nos dias
De primavera se diverte
Fitando o desabrochar
Das flores.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
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